Dó, Ré, Mi da Sol entra em produção com narrativa de musicalização infantil
O Cafundó Estúdio Criativo, empresa brasileira que desenvolve projetos de propriedade intelectual em games e séries de animação, dá início à produção da série de musicalização para público infantil - Dó, Ré, Mi da Sol.
A primeira temporada terá 15 episódios e conta a história de Sol, uma menina que mora com o pai músico, que guarda vários instrumentos no porão da casa. Ao tocar no piano, Sol viaja para um mundo imaginário onde os personagens são instrumentos musicais que, pela música, a ensinam que as tarefas diárias, como escovar os dentes ou dormir cedo, podem ser incrivelmente divertidas.
Dó, Ré, Mi da Sol oferece algo que é bem incomum em produção de séries. Todos os episódios foram construídos a partir da mescla das técnicas de animação stop-motion e 2D, tornando mais clara aos pequenos a diferença entre os mundos imaginário e real da garotinha.
O projeto foi um dos cinco contemplados do Brasil na categoria animação infantil, que selecionou um projeto por região do país, entre mais de 800 inscritos do edital Prodav TVS Publicas / Ancine (2018).
A direção é de Thiago Calçado, conhecido mundialmente pelas animações Minhocas, o Filme; Kubo and the Two Strings (Kubo e As Cordas Mágicas); Isle Of Dogs (Ilha dos Cachorros) e, mais recentemente, pelo novo longa-metragem Pinocchio (Pinóquio), dirigido por Guillermo Del Toro e Mark Gustafson.
Mais séries, outros personagens
A personagem Ana Bolinha, do artista catarinense Luciano Martins, também inspirou uma série de episódios de animação para crianças. Em sua primeira temporada de 13 episódios, Ana Bolinha - uma simpática joaninha - e sua turma buscam o significado dos seres e dos objetos também redondos em um mundo de aventuras, fantasia e cor.
O projeto foi contemplado no edital de Desenvolvimento Prodav/Ancine (2016) e agora entra em produção com recursos do Edital Catarinense de Cinema 2020.
Outra novidade é a produção de mais 16 episódios de Os Carabão, uma série divertida e desenhada para o público de 5 a 7 anos. A animação traz a história de Caldin, Farilicia, Espicho e Fusili: um grão de feijão, outro de arroz, o terceiro de farinha, e um macarrão, que vivem em um supermercado. Dez episódios da série infantil são veiculados atualmente no Cine Brasil TV e a meta é completar 26 episódios para expandir a outros canais no Brasil e ingresso no exterior.
Assinadas pelo Cafundó, as produções também contam com a consultorias de profissionais como Reynaldo Marchesini (Sítio do Pica Pau Amarelo e Princesas do Mar) e Teresa Cristina Rego (Que Monstro te Mordeu).
Livro de Mario Prata em série
Para os adultos, o estúdio brasileiro capta recursos para dar início à série Uns Brasileiros, baseada na obra ‘Mario Prata Entrevista uns Brasileiros’.
Nela, o próprio Mario Prata vira animação e arranca confissões irreverentes de personagens da história do Brasil, como Tiradentes, Dom Pedro I e Dona Maria I “a Louca”.
O piloto foi finalizado em abril com recursos conquistado nos Prêmio Catarinense de Cinema 2019. Em maio, aquecem as negociações para viabilizar a produção dos episódios ainda no segundo semestre.
Propriedade Intelectual
O desenvolvimento das séries faz parte de um projeto robusto de propriedade intelectual. “O objetivo é o licenciamento para múltiplas mídias. Vamos ter o nosso Mickey”, enfatiza Leonardo Minozzo, diretor executivo do estúdio brasileiro.
Minozzo também responde pelo desenvolvimento e lançamento do puzzle game Tetragon: Unknown Planes a partir de junho em nove idiomas para países da Ásia, América do Norte, América do Sul e Europa.
“Há 10 anos não existia animação brasileira”
Para o diretor, o cenário de animação é promissor, inclusive no Brasil. “Há 10 anos não existia animação brasileira. Entre 2013 e 2016, houve um volume significativo de recursos disponíveis que incentivou os estúdios brasileiros a se capacitarem. Começamos a perceber qualidade. Hoje em dia, a maioria dos canais de TV possui conteúdo brasileiro. Entre todos, é o que gera mais audiência”, avalia e completa:
“Mesmo grande parte dos canais infantis não sendo nacional, como Cartoon, Nickelodeon, Nick Júnior e o próprio Netflix, já foi percebido um avanço significativo de nossas animações nesse cenário nos últimos anos. E há a necessidade de evoluir ainda bastante”.
Produção com nova perspectiva
O Cafundó Estúdio Criativo nasceu em 2008 focado em animação para publicidade. No entanto, o executivo percebeu um modelo pouco replicável: “Uma animação exige o desenvolvimento de várias etapas, como roteiro, conceitos, cenários, personagens, animação, áudio, pós-produção e finalização. O período para a produção de um comercial para TV de 30” durava 6 meses. Veiculava 20 dias, depois acabava. Para iniciar um novo projeto, era preciso abrir um canal novo de comunicação e pensar uma ação do zero”, explica.
Foi então que decidiu injetar tecnologia na empresa. A equipe, até então de ilustradores, animadores, roteiristas e designers, ganhou programadores, desenvolvedores e especialistas em realidade aumentada, virtual e holografia, que possibilitaram ao executivo enxergar as produções de uma outra forma.
Fonte: Leonardo Minozzo, diretor executivo do Cafundó Estúdio Criativo dirigiu mais de 500 projetos audiovisuais voltados a publicidade e entretenimento, para empresas como Toyota, O Boticário, Google, Motorola, Youtube e Rede Globo, além de jogos e narrativas gameficadas para clientes e projetos autorais. Para mais informações, acesse: Cafundó Estúdio Criativo.