Susana Vieira é capa da Quem do mês de abril

17/04/2025 13:13

Em entrevista exclusiva, já disponível na íntegra no site e nas redes sociais do veículo, a atriz fala sobre o processo de envelhecimento, sua relação com a TV Globo e relacionamentos pessoais

 

Ícone da dramaturgia brasileira, Susana Vieira protagoniza a capa do mês de abril da Quem. Em um bate-papo exclusivo, a atriz reflete sobre sua carreira de 54 anos na TV Globo, como lida com o processo de envelhecimento, seus relacionamentos e vida pessoal. A entrevista completa já está disponível no site e nas redes sociais oficiais da Quem.

 

Com uma carreira de mais de cinco décadas nas mais amadas novelas da TV, Susana Vieira reflete sobre os impactos de suas conquistas profissionais em sua própria trajetória e na de sua família. “Tenho muito orgulho de fazer parte dessa empresa [Globo]. São 54 anos. Eu criei minha família lá, criei meu filho sozinha. Construí sozinha todo o meu patrimônio. Se tenho cinco imóveis, se meu filho estudou nos melhores colégios, foi graças ao trabalho na TV e no teatro. Sou uma mulher feliz e realizada aos meus quase 83 anos. Tenho energia e vontade de ainda fazer alguma coisa. Muita gente gosta de se aposentar aos 60 anos. Com 60 eu ainda estava com a corda toda”.


Em cartaz com o monólogo 'Lady', inspirado na icônica personagem de William Shakespeare, Lady MacBeth, Susana segue em plena atividade - seja nos palcos, nas telas ou até nas redes sociais. “É curioso ver que a minha arte continua viva. Virei meme, caí nas graças do público jovem também e, agora, tenho fãs de todas as gerações. Tanto os que me acompanham desde o começo quanto os que passaram a me conhecer depois de trechos de entrevistas e de novelas que viralizam”, diz. Sempre com bom-humor, quando questionada sobre sua vida pessoal e amorosa, a artista brinca, entre gargalhadas: “No momento, estou solteira, estou tranquila, mais voltada para a minha família. Mas, ao longo da vida, fiz escolhas. Ou você escolhe alguém para te bancar ou a juventude. Aí sempre preferi os mais pobres, porque entre a grana e a idade, acabei ficando com os mais novos”.
 

No papo, a atriz ainda fala sobre o processo de envelhecimento e como lida com situações de etarismo. “É muito difícil como a pessoa vai envelhecendo e vai sendo deixada de lado. É como se a gente virasse um sapato velho, que é jogado fora. Mas a gente é ser humano. Tem coisa para falar, história para viver, cabeça boa para fazer as coisas. Você não pode simplesmente descartar quem é mais velho. Eu tenho sorte de ainda ser muito ativa. De ir e fazer as coisas. Chego na Globo e apresento projetos, faço as minhas peças de teatro. E não faço qualquer coisa, meu amor. Faço monólogo de Shakespeare. Texto dificílimo, mais de uma hora e meia. E fico lá, interagindo com a plateia e fazendo todo mundo rir e se emocionar. Isso com quase 83 anos. Mas por que pra muita gente é como se eu fosse apenas um sapato velho? Você não precisa se desfazer de uma pessoa mais velha. Todo mundo tem pais, avós. Todo mundo, se Deus quiser, vai envelhecer”, reflete.